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Programas de investimento público para startups: sim, eles existem!

M&A

Existe um momento na vida de uma empresa nascente conhecido como Vale da Morte, àquele período crítico onde a startup ainda opera no negativo e está em busca do ponto de equilíbrio. Nesse momento, a maioria precisa de recursos financeiros para desenvolver, validar, lançar o produto ou serviço e realizar as primeiras vendas.

Aqui vai o primeiro conselho: seja resiliente, o caminho é longo e possui inúmeras dificuldades. E acreditem, dinheiro não é a principal delas. Pessoas qualificadas e um produto que realmente vale a pena investir são as que encabeçam a lista.

Mas claro, possuir recursos financeiros também é importante e, apesar dos brasileiros terem veia empreendedora, por aqui o famoso Vale da Morte ainda é maior.

Para superar esse árduo período entre a prova de conceito e o início da produção em escala, é fundamental ter um plano de negócios estruturado e também ser capaz de dimensionar o funding necessário para sobreviver no médio prazo.

A boa notícia é: existem diversas opções dentro do ecossistema de inovação nacional para levantar recursos nesta fase, ou mesmo quando a empresa está em expansão, como por exemplo: fundos privados, programas de aceleração e, por incrível que pareça, também existem programas de investimento do governo que oferecem, além de dinheiro, apoio de instituições que acrescentam inteligência e experiência à sua startup.

 

Sim, eles existem!

 

Muita gente acha que é lenda, mas conseguir investimentos ou capital de instituições públicas é uma possibilidade real. A idr consultoria, por exemplo, já auxiliou mais de 100 empresas nacionais neste sentido.

Para comprovar, separamos os dois principais programas de investimentos com dinheiro público, suas características e porque uma startup deve direcionar energias para passar nos editais. Também falaremos brevemente dos programas de fundo perdido. Vamos a eles:

Investimento público para startups: principais linhas

 

Finep Startup

Programa de apoio à inovação em empresas nascentes, idealizado para auxiliar empresas com tecnologias escaláveis, mas que ainda não deram o salto de expansão. Como? Oferecendo recursos financeiros para manter os planos de crescimento previstos. Quanto? Até 1 milhão de reais, de acordo com a necessidade de capital da startup. A grande vantagem de conseguir esse investimento é possuir o apoio de uma instituição de renome que tem uma imensa bagagem de inovação e tecnologia. Infelizmente está inativo no momento, mas já foram duas rodadas, o que indica que uma terceira brevemente virá.

 

Fundo Criatec

Criado pelo BNDES em 2016, é um fundo de capital semente gerido pela Inseed Investimentos voltado para a capitalização de médias e pequenas empresas inovadoras nos setores de TIC, novos materiais, biotecnologia, nanotecnologia e agronegócio. Conta com 13 cotistas entre bancos de desenvolvimento, agência de fomento estaduais, corporações e investidores privados em todo o Brasil.

 

Programa TechD

Sua empresa possui algum projeto inovador em internet das coisas (IoT), saúde, energia e mobilidade? Fique atento ao programa TechD para fomento à inovação. São R$18 milhões em recursos não reembolsáveis sob a gestão da Softex para impulsionar projetos inovadores.

 

PIPE  

Se uma empresa tem um projeto inovador, uma opção é conseguir um fundo perdido (subvenção) para projetos de desenvolvimento tecnológico. O mais conhecido deles é o PIPE da FAPESP, que concede até R$ 1 milhão para pequenas e médias empresas desenvolverem uma pesquisa no estado de São Paulo.

 

Precisando de capital para sua empresa? Juros mais baixos e condições favoráveis são apenas alguns dos benefícios de tentar um financiamento de bancos do Governo. Ainda em dúvida? Veja nesse infográfico como funciona o financiamento e tenha um direcionamento mais assertivo para começar a buscar a linha de crédito mais adequada às suas necessidades

 

Vida além do Vale da Morte

 

Existem boas opções de programas de investimentos em startups de instituições e bancos públicos. Não são lendas, nem conto de fadas. Para estes casos, nossa dica é: antes de direcionar energia para esses projetos, pense se você realmente conhece sua startup.

Como pré-requisitos para se conseguir um programa deste, é importante avaliar se este é o momento de fazer o seu produto escalar e se sua tecnologia realmente é inovadora aos olhos do Governo. Para isto, recomendamos a leitura do material “O que é inovação para o Governo”. Nele, você consegue avaliar se a sua tecnologia/pesquisa está apta a ser financiada pelos recursos dos bancos públicos.

Também é importante que a empresa esteja minimamente consolidada, o que implica em ter pelo menos alguns anos de existência no CNPJ e um faturamento mensal mínimo de pelo menos R$ 10 mil.

Uma dica final: na hora de inscrever-se nesses programas, determine objetivos claros para o desenvolvimento da empresa. Trace um orçamento realista, crie um cronograma rígido, acompanhe os resultados, faça ajustes rápidos e tenha disciplina para fazer o plano acontecer. Com isso em mãos, boa sorte.

Respire fundo! O recurso financeiro certo para a sua startup existe. Foque no necessário para passar pelo Vale da Morte e prepare-se para escalar e vender. O trabalho não acaba, mas saiba que você tem apoio para chegar lá.

 

Recomendamos a leitura do material “O que é inovação para o Governo”. Nele, você consegue avaliar se a sua tecnologia/pesquisa está apta a ser financiada pelos recursos dos bancos públicos.

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