Parceria entre Empresas e Universidades/Centros de Pesquisa: novos caminhos para a execução de projetos de P,D&I

É verdade que a grande maioria dos empresários ainda têm muita dificuldade em estabelecer parceria entre empresas e universidades, Centros de Pesquisa e Instituições Científicas e Tecnológicas (as famosas ICTs).

Se por um lado há uma extensa burocracia, tipicamente brasileira, a se superar, por outro, também percebemos haver um grande desconhecimento por parte das empresas de que estes processos existem, como funcionam, e principalmente, que há muito interesse pelo lado do governo para serem formadas tais alianças. Interesse este que termina por refletir em uma série de programas de fomento e subvenção, que pode ser uma “mão na roda” para a empresa, tanto para dar aquele empurrãozinho na tomada de decisão, quanto para minimizar os altos custos de desenvolvimento de novas tecnologias, principalmente quando envolvem alto conhecimento especializado em tecnologias de ponta. 

Nesta linha, é importante para a empresa ter no radar que o governo mantém uma constância razoável na criação e disponibilização de diversos editais de fundo perdido, de órgãos de fomento como BNDES, FINEP, EMBRAPII, FAPESP, entre outros. Lembrando, ainda, que muitos dos frutos destas parcerias podem ser passíveis de receber recursos de outros incentivos fiscais, como, por exemplo, a Lei do Bem, Lei de P&D Aneel, Rota 2030, ANP, etc., embora seja necessário avaliar caso a caso a aplicabilidade de tais incentivos – podemos auxiliá-lo se houver interesse.

Além disso, quando falamos em parceria entre empresas e universidades, outro fator importante é o receio em relação à proteção da propriedade intelectual (PI), principalmente em relação ao uso desta por um concorrente em seu setor. Entretanto, para auxiliar o empresário nestes dois pontos, essenciais para uma boa parceria universidade-empresa, é importante se atentar para o fato de que as universidades estão cada vez mais preparadas para lidar com este tipo de programas. Assim, é possível realizar parcerias duradouras, frutíferas e mutuamente benéficas aos envolvidos neste desafio.

Nesse sentido, o estabelecimento de núcleos tecnológicos criaram setores, nas universidades, que contam com profissionais especializados exatamente para auxiliar as empresas nestas parcerias. Portanto, por meio desta “secretaria especializada”, a universidade, junto com o NIT, pode proporcionar à empresa a segurança jurídica e administrativa, tanto em relação à proteção da propriedade intelectual gerada, quando também em relação a facilitar a burocracia do processo, legitimando a parcerias entre a Empresa e a Universidade.

A partir disso, vale a pena salientar que, a maior parte das empresas, sobretudo as de grande porte, quando conseguem este relacionamento, raramente deixam de firmar novas parcerias, principalmente pelos vários benefícios proporcionados, tais como: acesso à pesquisa e PI de ponta nas Universidades e Centros de Pesquisa, acesso a recursos financeiros não reembolsáveis – fundo perdido, acesso à mestres e doutores extremamente qualificados, que podem em um segundo momento ser absorvidos como colaboradores da própria empresa, virando pesquisadores internos.

Enfim, são inúmeros os benefícios que este tipo de parceria entre empresas e universidades pode gerar a médio e longo prazo, principalmente para quem quer – ou precisa – estar sempre na crista da onda tecnológica de seu mercado, como por exemplo empresas de software e hardware. Até o agronegócio, não só em termos de mecanização/automação, mas em pesquisas genéticas e de fertilizantes/aditivos para a cultura, que reconhece a complexidade que isto envolve em termos de custos e processos para se manter tecnologicamente no estado-da-arte do seu setor. 

Para apoiar o empresário nestes projetos, existem consultorias/assessorias especializadas para facilitar a empresa a lidar com toda esta burocracia, desde a montagem e elaboração de toda a documentação para submissão da parceria – e a captação de recursos – até na negociação das cláusulas dos Contratos dos Convênios, incluindo a e elaboração dos “Non Disclosure Agreement”- NDA ou, simplesmente, Acordo de Não Divulgação ou “Termos de Sigilo” da propriedade intelectual que irá ser desenvolvida por meio da parceria. 

Desta forma, vemos um futuro cada vez mais promissor nas parcerias em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) com o apoio do governo, que a cada dia aproxima mais as Universidades das Empresas por meio de mecanismos, leis e programas de apoio, na forma de recursos ou políticas para facilitar o desenvolvimento da P&D&I no modelo de tripla hélice – empresas, ICTs e governo. 

 

Co-autor do texto sobre parceria entre empresas e universidades

Thiago Panizza Figueiredo é graduado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, PUCC. Possui ampla experiência em desenvolver atividades nas áreas administrativa, financeira e na elaboração e implantação de projetos. Trabalhou como Analista de Parcerias da Agência de Inovação da UNICAMP/INOVA desenvolvendo atividades de assessoria a projetos culturais e parcerias com o setor público. Posteriormente, atuou por mais de quinze anos na Fundação de Desenvolvimento da UNICAMP (FUNCAMP), na viabilização de projetos da Universidade e da Fundação com centenas de instituições e empresas nacionais e internacionais.  Em 2022 constituiu a APOIA Assessoria, cujo papel é apoiar empresas a estabelecerem parcerias no desenvolvimento de projetos com Universidades e Centros de Pesquisa Nacionais e Internacionais, bem como, no relacionamento com todo ecossistema da Inovação.

 

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