No terceiro mês de quarentena, as pessoas começaram a se acostumar com a ideia de que algo microscópio foi capaz de colapsar economia mundial, levar empresas a falência, deixar negócios no vermelho e complicar a vida financeira de muita gente.
Uma pandemia estava sendo prevista fazia uns anos, mas ninguém acreditou que podia ser verdade. Agora, no dia 97° de isolamento social, os comércios a lojas voltaram a abrir, no entanto, a cada momento, fica evidente de que a realidade é outra.
Máscaras, álcool-gel, espaços e adaptações físicas. Além das mudanças na maneira de trabalhar, na cadeia produtiva, no atendimento ao público, as empresas notaram a importância de antever às crises, estarem mais organizadas financeiramente e possuírem capital de giro.
Existem fatores incontroláveis (como uma pandemia) que pode colocar o negócio em apuros do dia para a noite. Porém, a vida é feita de obstáculos, quedas, ultrapassar barreiras e enfrentar crises. Esse post é sobre como planejar retomada no pós-pandemia, recolher os cacos e dar a volta por cima.
Como tapar o buraco deixado pela Covid-19?
Se sua empresa está em apuros, com fluxo de caixa apertado e sem saber para onde correr, esperamos que esse post signifique um alento. Crises fazem parte da história do mundo e em países emergentes como o nosso, são ainda mais comuns.
Nós, como especialistas em auxiliar empresas a obter financiamentos com condições favoráveis, já presenciamos diversas situações de aperto. Se você está passando por um momento muito estressante como empresário ou empreendedor, saiba que não está sozinho. E de que no caso da Covid-19, todos nós estamos no mesmo barco.
No entanto, se você está passando por um aperto – não é hora de chorar sobre o leite derramado. Vamos ver o que pode ser feito agora, no presente.
Retomada pós-pandemia: capital de giro não será o suficiente
Se a falta de dinheiro em caixa para pagar as contas está afetando seu sono, você está no post certo. Respire e vai fundo nesse conteúdo e garantimos que, ao final, vai se sentir melhor.
Para te motivar, vamos começar com uma boa notícia: o Governo Federal publicou uma medida provisória do dia 24 de abril de 2020 que estabelece normas para a facilitação do acesso ao crédito e mitigação dos impactos econômicos decorrentes da pandemia de coronavírus (covid-19).
Nela, fica atestado que até dia 30 de setembro de 2020, as instituições financeiras públicas, inclusive as suas subsidiárias, ficam dispensadas de observar, em suas contratações e renegociações de operações de crédito realizadas diretamente ou por meio de agentes financeiros diantes de algumas disposições.
A MP é complexa porém o que você realmente precisa saber é que pode beneficiar na obtenção de capital de giro. Nossos especialistas podem te explicar melhor. Entre em contato!
Outras alternativas para capital de giro no pós-pandemia
Um alerta: por mais desesperador que seja a sua situação, fuja de alternativas que ofereçam crédito com juros exorbitantes, prazos de carência e amortização muito curtos, assim como outras condições financeiras, podem comprometer seriamente a saúde da empresa. Essa é a pior maneira de conseguir capital de giro.
Com esse conhecimento, você pode fugir e procurar aquelas que sejam rentáveis financeiramente e que realmente tirem seu negócio do buraco. Existem outras alternativas que podem ajudar você a sair dessa e controlar melhor os recursos financeiros do negócio. Confira quais são elas nesse post!
Linhas de financiamento emergencial
BNDES
O BNDES elaborou um plano emergencial com objetivo de auxiliar 150 mil empresas, empregadoras de cerca de 2 milhões de pessoas, nesse momento complicado. Para isso, foram aprovados R$ 55 bilhões em ações conjuntaas divididas em:
- R$ 19 bi de stanstill para operações diretas com o BNDES;
- R$ 5 bi de capital de giro para MPMs;
- R$ 20 bi de transferência de recursos do PIS/PASEP para o FGTS;
- R$ 11 bi de stanstill para operações indiretas.
O termo stanstill significa “pausa”, ou seja, o BNDES suspendeu o pagamento dos financiamentos e os juros, integralmente, pelo prazo de seis meses. Além disso, oferece capitalização no saldo devedor, manutenção do prazo total e limitação de dividendos ao mínimo legal.
Essa medida pretende aliviar o caixa do para as empresas. Fora isso, o BNDES também ampliou a oferta de crédito para as MPMEs, as quais possuem até R$ 300 milhões de faturamento anual. O banco oferec condições facilitadas de carência até 24 meses com prazo total até 60 meses. O limite por cliente é de cerca de R$ 70 milhões. Fora isso, a empresa não precisa especificar destinação dos recursos.
Desenvolve SP
A agência de fomento do Estado de São Paulo, a Desenvolve SP, remodelou suas linhas de crédito para auxiliar as empresas a enfrentar impactos financeiros do covid-19 na economia. Agora o micro, pequeno e médio empresário paulista conta com capital de giro com taxa de juro reduzida e prazos maiores de pagamento e carência.
Fora isso, a DesenvolveSP ainda emplacou linhas de financiamentos para projetos de investimento com prazos de carência ainda maiorespara quem quer tirar aquele projeto do papel, no meio da crise.
Confira as novas condições oferecidas pela agência de fomento:
Crédito Digital – BNDES Pequenas Empresas | A partir de 1,03% (0,63% acrescidos da TLP) ao mês | 42 meses* | 9 meses | |
Crédito Digital – Giro Rápido | A partir de 1,20% ao mês | 42 meses* | 9 meses | |
Linha Incentivo à Tecnologia | A partir de 0,33% ao mês acrescidos da SELIC | até 120 meses* | até 36 meses | |
BNDES Automático Projeto de Investimento | A partir de 0,77% (0,37% acrescidos da TLP) ao mês | até 120 meses* | até 36 meses | |
FIP | A partir de 0,33% ao mês acrescidos da SELIC | até 120 meses* | até 36 meses | |
Linha Fungetur – Projetos de Investimento | A partir de 0,49% ao mês¹ | até 120 meses* | até 36 meses | |
Linha Economia Verde | A partir de 0,25% ao mês acrescidos da SELIC | até 120 meses* | até 36 meses |
Pronampe
Dentre todos que estão sofrendo com a pandemia de Covid-19, os pequenos empreendedores é um dos grupos mais fragilizados. Apesar dos programas de ampliação de crédito lançados desde o início da crise, as empresas têm enfrentado dificuldades de acesso ao crédito.
Isso porque, como vocês devem saber, não existe financiamento sem garantia. Esse sempre foi um dos maiores entraves dentro do processo de concessão de crédito no Brasil e agora a situação agravou-se. Para amenizar o cenário, foi lançado o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
A linha assegura o acesso ao crédito ao injetar R$ 15,9 bilhões no Fundo Garantidor de Operações (FGO). Dessa forma, a União garante ate 85% dos recursos solicitados.
Uma boa opção para pequenas e médias empresa sempre foi utilizar os fundos garantidores de crédito para garantir parte da operação, o que minimiza a necessidade de garantias reais. O FGO é um deles.
Para mais informações sobre como usá-los, não deixe de baixar gratuitamente nosso guia completo “Como usar os fundos garantidores”