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Dicas fundamentais para realizar a gestão financeira para 2019

Financiamento

Quando você acha que está tudo bem, porque sua empresa não está no vermelho e suas contas estão sendo pagas, pode ser fácil esquecer de verificar regularmente a saúde do seu negócio. Muitos CEOs simplesmente verificam sua demonstração de resultados no final do mês para avaliar apenas um resultado: o lucro líquido.

No entanto, é importante olhar além dessa medida básica para garantir que você esteja obtendo o panorama completo do bem-estar de sua empresa. Entendendo métricas financeiras adicionais, como declarações financeiras e indicadores financeiros, você poderá tomar decisões mais bem informadas para o seu negócio.

Os indicadores financeiros são valores mensuráveis, que são monitorados para garantir que uma empresa atenda aos seus objetivos corporativos e financeiros. Esses indicadores permitem que o departamento financeiro acompanhe e otimize as despesas, as vendas, o lucro e o fluxo de caixa.

O problema é que existem diversos indicadores diferentes que podem ser avaliados por uma empresa. Se você escolher o errado, então você estará medindo algo que não se alinha com seus objetivos. A melhor maneira de escolher corretamente é pesquisando e compreendendo alguns dos indicadores financeiros mais importantes. Entenda mais sobre quais são esses indicadores abaixo:

 

Indicadores financeiros importantes para gestão financeira

 

1) Margem de contribuição

 

Para entender este indicador, primeiramente precisamos entender os diferentes tipos de custos. Os custos são categorizados de duas maneiras: custos fixos e variáveis. Basicamente, os custos fixos são aqueles que não se alteram com variações no volume de produção, enquanto os custos variáveis dependem exclusivamente do volume de produção.

Custos Fixos: São custos que devem ser pagos mesmo quando a empresa não está realizando nenhuma atividade comercial. Exemplos de custos fixos são o aluguel de instalações, juros sobre empréstimos e salários. Despesas fixas só mudam significativamente como resultado de decisões e ações da administração.

Custos Variáveis: São custos que serão alterados se a atividade do negócio mudar. Isso ocorre porque, quando a atividade comercial aumenta, mais recursos, como matérias primas e utilidades (gás, eletricidade, combustível, etc.) são usados. Por outro lado, quando a atividade comercial diminui, a empresa precisa de menos recursos.

Com estas definições, conseguimos então calcular a Margem de Contribuição, que é a diferença, expressa em porcentagem, entre a receita total de vendas e os custos variáveis totais. A margem de contribuição refere-se ao fato de que este valor delineia a quantidade de receita que sobra para “contribuir” para custos fixos e lucro potencial.

 

Margem de Contribuição =Receita de vendas – (Custos variáveis totais + despesas variáveis)

 

Com a Margem de Contribuição definida, podemos calcular o IMC – Índice de Margem de Contribuição, que é o percentual da Margem de Contribuição em relação à Receita Operacional Bruta.

 

IMC =  Margem de Contribuição / ROB

 

O IMC significa a porcentagem das vendas de novos produtos que são necessárias para pagar os custos diretamente ligados à produção. Assim, imagine que nos seus cálculos o IMC é de 30%. Isso significa que 30% das suas vendas estão indo para pagar os custos variáveis, de modo que os outros 70% é que irão pagar os custos fixos e ainda dar lucro efetivo.

O conceito de margem de contribuição tem que se aplicar à toda a gama de produtos ou serviços oferecidos pela empresa. Caso o empresário queira se aprofundar no estudo, calcular o  peso que cada produto possui na receita total dará a margem de contribuição ponderada. Outro parâmetro relevante é a margem de contribuição unitária – por cada produto de forma isolada. Esse cálculo mostra o quanto cada produto por si só irá contribuir para o resultado final da empresa, o que mostra se cada produto individualmente dá lucro, ou dá prejuízo.

Com o IMC na mão, é possível para a empresa calcular ainda o:

 

2) Ponto de Equilíbrio

 

O ponto de equilíbrio é o volume de produção e vendas mínimo necessário para que o resultado das vendas cubra todas as despesas fixas e as variáveis. Uma vez que o IMC determina o percentual das vendas destinados a quitar os custos e despesas variáveis, temos que saber então o quanto é necessário vender para cobrir o que sobra:

 

Ponto de equilíbrio = (custos fixos + despesas fixas) / IMC

 

Em outras palavras, o ponto de equilíbrio é o mínimo necessário de produção e vendas de itens que cobrirá todos os custos e despesas, tanto fixos como variáveis.  Neste caso, a receita se iguala às despesas, sendo o famoso saí “no zero a zero”, pois o que foi entrou de dinheiro resultante das vendas cobriu o dinheiro que saiu.

Neste caso, somente após a empresa exceder esse montante mínimo de vendas, é que sua operação passa a dar lucro. Em outras palavras, somente após vender o mínimo para quitar toda a saída de dinheiro da empresa (custos e despesas fixos + variáveis), é que começa a “sobrar dinheiro” para o negócio.

Assim, vamos então ao calculo da:

 

3) Margens de Lucro

 

Margem de lucro é uma medida percentual que expressa o valor que uma empresa ganha (sobra no fim do dia) em cima das vendas. Se uma empresa ganha mais dinheiro por venda, tem uma margem de lucro maior. A margem de lucro pode ser dividida em margem de lucro bruta ou margem de lucro líquida:

 

Lucro bruto: É a receita total, subtraindo-se os custos e despesas variáveis.

 

Lucro bruto: receita total – (custos variáveis + despesas variáveis)

 

Margem de lucro bruta: A margem de lucro bruta é a porcentagem das receitas que permanecem após a dedução do custo das mercadorias vendidas.

 

Margem de lucro bruta = receitas de vendas – (custos e despesas variáveis) / receitas variáveis X 100

 

Lucro líquido: Uma vez que para chegar no lucro bruto retirou-se as despesas e custos variáveis, para se obter o lucro líquido agora é necessário deduzir também as despesas e custos fixos:

 

Lucro líquido =  Lucro Bruto – (custos e despesas fixos)

 

Margem de lucro líquida: A margem de lucro líquida é a razão entre o lucro líquido e a receita da empresa, também expressa em porcentagem. Este indicador mostra quanto de cada real recebido por uma empresa se traduz em lucro.

A rentabilidade líquida é uma distinção importante, pois os aumentos na receita não se traduzem necessariamente em aumento de lucratividade. O lucro líquido é o lucro bruto (receita menos o custo das mercadorias) menos as despesas operacionais e todas as outras despesas, como impostos e juros pagos sobre a dívida.

Por último, outro índice importante a ser avaliado pelo empresário é o quanto a sua empresa está endividada.

Lembre-se que em qualquer análise de crédito para se obter capital no mercado, o nível de endividamento será um fator preponderante na análise de crédito.

 

4) Índice de endividamento

 

Este é um índice financeiro que mede a extensão da alavancagem de uma empresa. O índice de endividamento é definido como a razão entre o total de passivos e o total de ativos. O ativo pode ser definido como tudo o que a empresa possui e que tem valor.

Ou seja, são os bens e direitos da empresa, vendas a receber, estoque, matéria prima, veículos, entre outros. Já o passivo compreende as origens de recursos que representam as obrigações da empresa para com terceiros, como contas a pagar, salários, empréstimos, entre outros.

Este índice pode ser interpretado como a proporção dos ativos de uma empresa que são financiados por dívida. Um índice maior que  mostra que uma parte considerável da dívida é financiada por ativos. Em outras palavras, a empresa tem mais passivos que ativos. Um índice abaixo de 1 significa que uma parcela maior dos ativos é financiada pelo patrimônio líquido, o que indica que a empresa apresenta menor risco de inadimplência.

*

Nós listamos aqui apenas alguns dos indicadores mais importantes e mais utilizados. Sem dúvidas, você pode utilizar outros indicadores que possam se aplicar mais especificamente ao seu negócio. Mas é importante usá-los da maneira certa. Certifique-se de que o que você escolher medir seja revisado e controlado com frequência.

Lembre-se, você pode usar um software de controle financeiro moderno para rastrear alguns desses grupos de indicadores. E se esse software for baseado em nuvem, você poderá ficar de olho nos seus KPIs de qualquer lugar e a qualquer momento.

 

*Esse texto foi escrito pela equipe da Gestão Click.  

 

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